quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Psicopictografia no Egito







A civilização que mais usou da Iconografia com intenções religiosas, científicas, ou meramente para escrever algo foi a egípcia, mas essa língua e escrita que foram usadas por quase 3000 anos, desapareceu a mais de 2000 anos atrás.

Muitos tentaram em vão interpretar a escrita, e no final do Séc. IV era quase unânime a crença que os hieróglifos eram meramente decorativos, até que o alfabeto fonético teve sua primeira interpretação anunciada na Academia Real de Londres aos 27 de setembro de 1822.

Dessa forma o jovem Jean-François Champollion derrubava preconceitos de que a escrita hieroglífica poderia ser apenas decorativa ou somente ideográfica, como sustentava Orapolo Nilótico no século IVd.C.

Logo depois ele descobriu os grupos bi tri e pluriconsonantais, ideogramas, sua gramática, seu idioma, que é a raiz do Cópito falado hoje por religiosos cristãos do Egito.

Podia ser escrito da direita para a esquerda e também da esquerda para a direita. Mas para saber onde a frase começa basta olhar as figuras dos animais, todos olham para o inicio da oração.

Aqui está escrito “O limite da arte não pode ser atingido” “a criatividade para a arte é ilimitada”. Não em egípcio (grupo 1) “en” é represntado por dois braços com as palmas para cima, como a postura de alguém que não sabe de algo, nega, ou tem duvidas. “Intoo” (grupo 2), que significa ser alcançado tem uma vasilha com pernas, como se essa andasse para alcançar algo. “Djeroo”, o limite (grupo 3), tem seu ideograma como uma estrada cercada por arvores. Por fim arte, com seu ideograma característico aparecendo na frente do quarto grupo.

Como podemos perceber, os egípcios colocavam pistas do que queriam escrever intercaladas às consoantes, como se quisessem deixar bem claro sobre o que estavam escrevendo.

Champollion se dedicou até sua morte (1845), que lhe ocorreu por enfarte quando contava apenas 42 anos. A sua Gramática egípcia e o seu Dicionário, publicados postumamente, lançaram as bases para este cansativo renascimento que ainda não está totalmente acabado.

Com isso um mundo fantástico nos foi revelado, papiros poderiam ser lidos, os mistérios dessa antiga civilização poderiam ser enfim desvendados.

Uma das figuras mais interessantes do antigo Egito é a de Imhotep, mencionado nos filmes de Hollywood como sendo uma múmia terrível, que volta a vida para vingar-se. Mas na verdade era uma boa pessoa, seu nome Imhotep significa “aquele que vem em paz” e foi o único homem do povo a ser considerado um Deus por seu povo.

aka-I-em-hetep

Imhotep viveu no final da III dinastia, foi vizir do Faraó Djoser, além de médico, sumo sacerdote de Heliópolis, escriba, Arquiteto, entre outros títulos, e o primeiro a codificar todas essas doutrinas de forma organizada, mas infelizmente todos os relatos de seus feitos foram escritos depois de sua época.

Seu principal feito foi ter sido o de inventor da arquitetura em pedra, e das pirâmides que gera muita curiosidade e mitos até hoje. Construiu a pirâmide escalonada e o complexo de Saqara, e provavelmente participou da pirâmide do sucessor de Djoser, Sekhemkhet.




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