quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Ramsés II








Encontramos na historia do antigo Egito uma das melhores referencias de como um faraó usava os desenhos como forma de projetar seus objetivos, e como focar seus esforços para atingir um resultado especifico.

Ramsés II, faraó da XIX dinastia estava em guerra contra os Hititas, estava empenhado em construir mais do que seu pai Seti I e precisava de todos os recursos disponíveis.

No fim de abril de 1294aC. o exercito dos Hititas contava com 30.000 homens e outros aliados como os Aruad, Cochemish, Qadesh, Ugarit e Alepo.

O Faraó não ficou atrás fazendo aliança com os Núbios, Lukkos, Scekelesh, Sciardanos, e mercenários Palosatos.

Essa foi uma das batalhas melhores documentadas do antigo Egito com muitas copias em papiro e representada nas paredes dos templos construídos por Ramsés II em Luxor, Carnaque, Abidos, Dendera, Abu-Simbel e talvez ainda em outros.





Batalha de Qadesh XiX Dinastia

Durante a batalha de Qadesh, Ramsés II adianta-se e afasta-se de suas divisões. A divisão “Ra” que estava mais próxima de Ramsés II sofre muitas baixas e foge, abandonando o faraó e seu cocheiro sozinhos.

Ramsés II encontra refugio em um canto seguro, e no desespero pede ajuda a Amon.

O resto dessa historia que aparece representada em diversas gravações nas paredes dos templos é contado no poema de Pentaur, o copista que assinou o papiro de Sailer III.

“o cocheiro fala a Ramsés... Eis que todo exercito nos abandonou! Queres tu permanecer até que nos tirem a respiração dentre os lábios, salve-nos o grande Ramsés, - o grande Ramsés responde – coragem Reanima teu coração, o meu cocheiro! Eu penetrarei entre os inimigos como o falcão, eu mato, massacro, aniquilo! No dia seguinte a batalha recomeça e o sagrado Ureu cospe chamas sobre os inimigos, espalhando a destruição entre eles, tanto que não permaneceram senão cadáveres diante dos meus cavalos”.
Sabe-se que não houve nenhuma batalha no dia seguinte, tampouco foi empreendido um cerco aos inimigos, e Quedesh ficou inflexível na mão dos Hititas.

Então porque tanta representação de uma vitória gloriosa que nunca aconteceu.

A resposta, é que Ramsés II precisava ser tão ou mais forte do que Seti I, seu pai, e empreender tanto ou mais do que ele. Uma tarefa muito difícil.

Ao olhar nas paredes dos templos, gravadas com essas fantásticas vitórias, não só o faraó, más também os egípcios se enchiam de gloriosa energia, que os impulsionava a executar a importante missão de construir um Egito ainda melhor do que o de Seti I.

Hoje nos sabemos que Ramsés II foi um dos maiores empreendedores de todos os tempos, suas obras continuam sendo visitadas por turistas do mundo todo, e inspiram admiração.

Os Egípcios possuíam um sistema de escrita muito complexo com sinais hieroglíficos, que tinham a função direta de inspirar sentimento em quem os lesse.

Quando vemos o nome de um faraó, este esta sempre dentro do hieróglifo que representa a eternidade o “Shen”, que os modernos egiptólogos chamam de cartouche.



Dessa forma quando se lia o nome do faraó, imputava-lhe o atributo de quem possui vida eterna.
Por outro lado, se os egípcios quisessem fazer mal a alguém, ou se protegerem de algum inimigo, usavam o amuleto। Senuset III distinguiu-se pela sua fama de guerreiro e conquistador. Triunfou em todas as campanhas que iniciou: Contra os Núbios, os líbios e os palestinos. Embora o seu exercito estivesse muito bem preparado, ele decidiu contar também com a ajuda da magia. Para conseguir vencer os inimigos, os egípcios usavam os chamados “textos para amaldiçoar”.




Estatueta de 2000 aC. Com as mãos amarradas e textos para amaldiçoar inimigos.

Eram formulas mágicas nas quais avisava o inimigo, fosse estrangeiro ou egípcio, do poder da pessoa que usava e do mal que lhes podia causar. Eram escritas em pedaços de cerâmica que eram enfeitiçados e, em seguida, quebrados, ou em figuras de prisioneiros com as mãos amarradas atrás das costas. Senusert III escreveu neles o nome dos paises e dos chefes de estado inimigos e, graças a isso, foi possível elaborar uma lista de localidades existentes na época.

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