domingo, 14 de outubro de 2007

Psicopictografia - da ficção para a realidade


Enquanto Basil Hallward pintava o retrato de Dorian Gray seu amigo dandy Lord Henry Wotton iniciava o jovem em sua atitude neo-hedonista. Como resultado final desta estranha mistura surge um dos livros mais interessantes sobre o assunto. O Retrato de Dorian Gray (título original: The Picture of Dorian Gray) escrito por Oscar Wilde, foi publicado inicialmente como a história principal da Lippincott's Monthly Magazine em 20 de junho de 1890. Wilde depois reviu, alterou e ampliou essa edição, que foi publicada por Ward, Lock e Company em abril de 1891.
Basil Hallward considerava o retrato do jovem Dorian Gray mais do que uma obra de arte, ele fazia parte daquela mistura de tela madeira e tintas. Dorian por sua vez podia cometer qualquer tipo de ato considerado como monstruoso, pois a monstruosidade não recaia sobre seu ser, e sim sobre seu retrato.
A cada ato negativo de Dorian o quadro mudava de aparência, que ao desenrolar da trama passou de um belo rapaz para um monstro indescritível.
O retrato passou a ser seu doppelgänger, literalmente, aquele que anda tal qual o original, seu irmão gêmeo de espírito que compartilha seu fardo.
Enquanto Dorian Gray compartilhava a conseqüência de seus atos monstruosos com seu retrato, Isaac Mendez da série Heroes conseguia enxergar em suas pinturas os futuros acontecimentos.
Nesta outra forma de psicopictografia Mendez (interpretado por Santiago Cabrera) dava sentido a trama trazendo em quadros precognitivos estáticos os futuros acontecimentos e proporcionava aos outros personagens uma dinâmica de diversas possibilidades de acontecimentos mas que teria como fatal conseqüência a cena pintada.


Quando entra em transe o pintor e médium psicopictográfico Luiz Antonio Gasparetto cria obras inéditas de pintores famosos em apenas alguns minutos. Gasparetto tornou-se conhecido internacionalmente como um médium que incorporou artistas plásticos famosos tais como Toulouse-Lautrec, Van Gogh, Leonardo da Vinci, Renoir, entre outros.
Pintava com extrema velocidade com abas as mãos e pés.
De uma certa forma o trabalho que Luiz Pagano realiza não é a psicopictografia de Gasparetto, nem a de Basil Hallward, nem mesmo a de Isaac Mendez. A inspiração não é ligada à religião ou à espiritualidade, mas toma como referencia aspectos religiosos, também não tem a intenção de amenizar atitudes negativas, nem muito menos prever acontecimentos futuros, mas sim criar bem estar através de imagens harmônicas com o propósito de proporcionar excelentes acontecimentos futuros, tem mais haver com a lei da atração descrita no livro O Segredo de Rhonda Byrne.

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